Nesse mês fiz duas inaugurações de Sala de Leitura, que muito me comoveram.
Foto: Dani Quitete |
Uma delas em homenagem aos 100 anos de Rachel de Queiroz, aconteceu na Associação de Moradores e Amigos do Conjunto Bento Ribeiro Dantas, no Complexo da Maré, numa Parceria entre O Instituto Oldemburg, a Editora Record e a Lamsa. Foi uma reunião pequena, com pouco público, mas muito especial. Haviam mais crianças do que adultos, o que me deixou bem feliz. A Sala ficou bem confortável e a participação carinhosa de todos era notada em cada detalhe.
Foto: Cris Torres |
Outra foi no CIEP São Cristóvão em Queimados, município do Rio, em homenagem à José Lins do Rêgo, comemorando a Centéssima Edição de Menino do Engenho, tendo como parceiros o Instituto Oldemburg, a Editora record e a Secretaria do Estado de Educação do Rio, também não deixou nada a desejar. A Escola estava completamente comprometida com o evento.
Foto: Dani Quitete |
É bom ver Salas de Leitura frutificando.
Na minha infância, por exemplo, na cidade onde eu viva, não tinha biblioteca. Meu pai comprou uma coleção tipo Barsa, de um mascate que passava vez em quando, e no meio de tanta literatura acadêmica havia um único livro de Histórias Infantis, recheado de contos de fada.
Esse livro salvou minha infância cinza naquela cidade pequena do interior do Mato Grosso. Passava as tardes lendo e depois encenava para mim mesma cada detalhes apreendido daquelas histórias.
Os livros, para mim, têm esse poder até hoje. O de nos salvar de nós mesmos. Das nossa loucuras e idéias alienadas. Redimensiona nosso olhar o mundo. Cada biblioteca é um templo.
Nas duas salas, fiz uma leitura de trechos das obras de ambos os autores. Relatei experiências pessoais com a literatura e contei histórias. E cada sala deixou em mim impressões que levarei sempre guardada. Me comovi, com cada relato e as esperanças depositadas naquele espaço sagrado. Também não posso deixar de falar nos quitutes preparados para nos receber. Os buffets estavam primorosos e eu gravidíssima saboreei sem peso na consciência.
Que viva por muitos anos cada sala. Que possa render muitas e muitas histórias.
E para homenageá-las, uma canção de Caetano Veloso - "Livros".
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